Versos para a liberdade
Dentro dos inúmeros relatos de dores, sofrimentos, e outras demandas sociais, estampados em boletins de ocorrências, tanto de quem procura, e até dos próprios colegas de trabalho, clamando pela mediação de conflitos, no universo de uma delegacia de polícia, a razão da lida se sente algemada às suas convenções, e por isso recorre à chave da ficção e suas emoções para poder se libertar. Pois a vida sem ficção é uma prisão escura sem o sol da graça, sem a brisa da fantasia. Esta vida é conduzida pela viatura da arte literária.
Diante disso, a fim de dar uma pitada de doçura ao amargo da realidade, um grupo de policiais sensíveis às questões sociais, dotados de recursos poéticos advindos de suas essências emotivas, escalam de plantão os seus lirismos e reúnem seus dotes literários nesta antologia, a fim de se eternizar no cosmos das razões poéticas, sob a “ordem de missão” da poesia.
São pássaros sonhadores em suas auroras literárias a disseminar harmonia, primaveras de sonhos a solos estigmatizados por olhares preconceituosos, imaturos, insensíveis. Esses “linhas de frente” da poesia versam sobre variados temas, como a saudade, a desilusão amorosa, a desigualdade social, a idealização da mulher, etc., bebendo do néctar de trovadores medievais, Victor Hugo, Castro Alves, Álvares de Azevedo, Antonio Tavernard e outros.
Assim, viajam nesta VTR poética, com a sirene e o giroflex da emoção ligados: VERSOS PARA A LIBERDADE (Poesias).
(Genésio G. Santos)