A publicação deste livro surgiu do desejo de destacar a importância que os estudos sobre alimentação assumiram na historiografia brasileira nos últimos anos, assim como o espaço conquistado por esta temática em diversos centros de pesquisa em História do país. É certo que o interesse dos historiadores por questões relacionadas à alimentação está intimamente relacionado às profundas transformações das práticas alimentares ocorridas no mundo ocidental desde meados do século XX. Estas são resultado de mudanças no mercado de trabalho, na composição e organização das famílias e do seu modo de vida, bem como de novas tecnologias para produção, processamento e distribuição dos alimentos. Tal interesse encontra-se em conexão, portanto, com aqueles de vários outros setores da sociedade, os quais se expressam em um significativo aumento no número de publicações, sites especializados e programas de televisão dedicados à culinária e à gastronomia. Nem poderia ser diferente; afinal, o historiador pensa e atua a partir de questões colocadas pela sociedade em que vive e em tempo presente. Direcionar o olhar para os hábitos alimentares do passado talvez nos ajude a entender por que, embora se cozinhe cada vez menos nos lares contemporâneos, o comer continua sendo não só fundamental para a sobrevivência dos indivíduos, mas especialmente para a sociabilidade, para a transmissão de afetos, para o bem-estar e para a saúde. História é tempo e mudança. Se não soubermos como era, como então entender o que mudou no mundo que nos rodeia?
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